domingo, 28 de agosto de 2011

O "Divino Marquês" dos Surrealistas

(Imagem de André Breton)

"Sade é surrealista no sadismo" - a frase publicada no primeiro Manifesto do Surrealismo, em 1924, não deixa dúvidas quanto a admiração que André Breton e seus companheiros denotavam ao marquês já nos primórdios do movimento. Ao lado de algumas das afinidades eletivas do grupo - como Chateaubriand, Baudelaire, Rimbaud, Jarry ou Roussel -, o autor de Justine era aclamado pelos signatários como homem de letras ou filósofo, mas sim por aquilo que lhe era mais próprio, ou seja, pela singularidade de um imaginário erótico ao qual seu nome estava definitivamente vinculado. A leitura surrealista de Sade concentra-se, portanto, nos domínios do desejo.


Nenhum comentário: